DE ISIS A MARIA MADALENA

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De remotas eras da história ouvimos ressoar o chamado de Isis para a regeneração da Terra…

A mais antiga, a mais misteriosa, aquela que guarda os segredos mais ocultos, e que através de diversas reencarnações reaparece sempre no cenário do mundo, foi cultuada em todas as partes com nomes diferentes. Nas versões oficiais, seu culto surgiu no sec V aC, no Delta do Nilo, no Baixo Egito. Depois em Gizé, Dandara e Philae. Mas sua história começou muito antes dos relatos oficiais dos escribas.

Isis foi uma sobrevivente da Atlântida, após a queda moral e material do seu povo. Sua origem era geneticamente pura, seu espírito guardava ainda a sabedoria divina e, ao se refugiar nas Ilhas Canárias com sua família e descendentes, ela deu início a uma saga que continua até hoje. Após uma longa peregrinação passando pela atual Andaluzia, norte da África, Judéia e Egito, ela instituiu cultos que traziam á memória dos povos os conhecimentos divinos sobre a unidade de todas as coisas, a magia sagrada dos nomes (sons), os mistérios da vida e da morte.

No Egito ela presenciou o início das lutas fratricidas pelo poder e a ganância de riquezas entre os sacerdotes e faraós. Seu amado Osíris foi morto e despedaçado pelo irmão Seth, por causa de inveja e ciúme. Então ela põe em prática seus conhecimentos de magia atlante para ressuscitar Osiris, recolhendo todos os pedaços de seu corpo espalhados pelo rio Nilo e, pronunciando os nomes sagrados, ela reconstitui sua força vital, concebendo com ele seu  filho Hórus.

Com a expansão da cultura egípcia, seu culto começou a ser levado para outras terras, como India, Grécia, Roma, Palestina, e foi fundindo-se com deusas locais e recebendo outros nomes. Mas, mudanças políticas no Egito criaram novas divindades que passaram a ser cultuadas pelo povo, e pouco a pouco quase nada restava da antiga sabedoria transmitida pela deusa Isis, apenas uma mitologia confusa e repleta de relatos equivocados de sua história.

Milhares de anos se passaram e a deusa transmigrou seus ensinamentos para a região do Mar Morto, onde deixou o seu legado com Maria Madalena e Jesus de Nazaré. Seus ensinamentos, após tantas guerras e conflitos causados pelo espírito belicoso do poder masculino, concentrou-se na ativação do princípio feminino do amor e da sabedoria. No cristianismo nascente deixou Isis o seu legado sobre a importância da complementaridade do masculino com o feminino, que foi novamente confundido pelos apóstolos e sonegado durante milênios.

Mas, o espírito de Isis continuou a fecundar mulheres que levavam seus ensinamentos atlantes para lugares distantes do planeta. Glastonbury, chamada Avalon na época dos celtas, ainda guarda lendas e ruínas materiais do tempo em que homens e mulheres comungavam os princípios do amor, da unidade, dos mistérios da natureza. Mas tudo isso se perdeu nas guerras pelo poder e disputas religiosas entre os homens. Por volta do ano de mil e duzentos, a ilha de Avalon tornou-se um mito, a fada Morgana foi transformada em feiticeira e o rei Arthur, num pobre rei doente, enfraquecido e sem memória.

Séculos se passaram e hoje, finalmente, redescobrimos a trilha do exílio de Maria Madalena no sul da França, para salvaguardar o legado de Isis para nossa era. Fugindo da Judéia, ela chegou às praias da Gália junto com outras duas Marias, a Jacobi e Salomé, alguns amigos e a pequena Sarah. Para muitos, essa criança representava o sangue do Graal, a descendência divina de Isis encarnada na filha de Jesus e Maria Madalena. A verdade nunca se revela na versão oficial da história, por isso ela se ocultou nas vestes de uma jovem cigana, negra de nascença, escrava por destino. Essa é Isis, a egípcia, a atlante, a divina Mãe que volta para defender o “cálice” sagrado do feminino, por tantos milênios sabotado pela ignorância humana. Acolhida e adotada pelo povo mais nômade e peregrino da terra, Sarah se tornou a santa padroeira dos ciganos.

Maria, ou Míriam de Magdala, originalmente “a torre do rebanho”, permaneceu nas terras da Gália por 30 anos, pregando as palavras de Cristo e ensinando como viver uma vida santa. Quando, enfim, sentiu o chamado para se reunir com seu divino esposo, recolheu-se numa caverna em Saint Baume, e de lá partiu para a eternidade. Hoje restam em igrejas seus restos mortais, que comprovam sua existência. Mas, os lugares por onde andou guardam ainda o aroma de sua presença, pois são fontes de energia sagrada, suas veias, por onde corre o sangue ancestral de Isis. Percorrer esses lugares é como um despertar para a memória de nossas origens na Terra.